A corrida eleitoral em Londrina ganha corpo neste sábado (20) com o início das convenções partidárias. Até o dia 5 de agosto, os partidos e federações precisam definir quem será candidato a prefeito, vice-prefeito e vereador, dando o tom de como será a disputa de outubro. Em Londrina, onde pelo menos oito nomes pretendem disputar o Executivo, a expectativa é que as convenções evidenciem como será a sucessão do prefeito Marcelo Belinati (PP).
Quem dá o pontapé é a Federação Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB), que tem a educadora Isabel Diniz (PT) como pré-candidata. O encontro será neste sábado, a partir das 13h30, no auditório do Sincoval (Sindicato do Comércio Varejista de Londrina). A tendência é que a vice na chapa de Diniz seja a professora Marcia Bastos de Almeida, presidente do PCdoB de Londrina. Já os outros partidos realizarão suas convenções nos primeiros dias de agosto, ganhando pelo menos mais uma semana para articulações.
O advogado eleitoral Frederico Reis ressalta que as convenções têm importância ímpar no calendário eleitoral. “A convenção dá o norte que será seguido pela agremiação política. É na convenção, por exemplo, que se homologa o nome de urna dos candidatos e o número com o qual o candidato poderá concorrer”, afirma Reis. “Apesar de ser um evento festivo, as deliberações tomadas na convenção são formais e vinculam candidatos e partidos políticos.”
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Depois da convenção, os partidos precisam entregar a ata e a lista dos participantes à Justiça Eleitoral até o dia seguinte à realização do evento. “Após a realização das convenções - de 20 de julho a 5 de agosto –, os partidos têm até o dia 15 de agosto para o registro de candidatura”, acrescenta.
“Esse é o momento das articulações políticas finais, quem vai estar com quem, quem vai desistir, quem vai ser de fato candidato. E há essa movimentação em quase todos os municípios”, diz a advogada eleitoral Fernanda Viotto.
A especialista aponta que é normal deixar as convenções para o fim do prazo. “Estrategicamente falando, vendo a política, isso gera uma certa ansiedade para a oposição, querendo ou não”, avalia Viotto. "Com esse início do prazo das convenções, nós vamos ter um cenário mais bem definido. Vamos ver, de fato, se aqueles pré-candidatos serão candidatos, se alguém vai se articular para se unir a outrem."
Pré-candidatos
Entre os partidos que anunciaram pré-candidaturas à Prefeitura de Londrina, a maioria optou por realizar convenções nos últimos dias do prazo. O PP, que tem como pré-candidata a ex-secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, marcou o evento para 1° de agosto.
No mesmo dia, o MDB, cujo pré-candidato é o deputado estadual Tercílio Turini, fará sua convenção junto dos outros partidos da sua base: PSB, PMB e PRTB.
As executivas municipais do PSD e do PL farão uma convenção conjunta no dia 2 de agosto. O pré-candidato é o deputado estadual Tiago Amaral (PSD), e o vice será indicado pelo PL. Avante, Agir, PRD e Novo, que fazem parte da coligação, vão definir suas chapas de vereadores no mesmo dia.
O União Brasil, que recentemente voltou para o comando do advogado André Trindade, marcou para o dia 2 sua convenção. Trindade é pré-candidato ao Executivo.
A convenção da Federação PSDB/Cidadania será na sequência, no dia 3. O pré-candidato é o coronel Nelson Villa. Esse também será o dia da convenção do PDT, que traz o ex-prefeito Barbosa Neto como nome para a disputa.
Entre os partidos que pretendem concorrer à Prefeitura, apenas o Republicanos, que tem o deputado federal Diego Garcia como pré-candidato, ainda não marcou convenção.