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Copel: Povo não verá votação do projeto popular

Redação - Folha do Paraná
15 ago 2001 às 19:13

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Estudantes permanecem no pelnário da Assembléia, mas podem ser despejados - Gilson Abreu - Folha do Paraná
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O presidente da mesa diretora da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PTB) decidiu que o público não terá mais acesso à votação do projeto popular contra a venda da Copel. Esta votação deverá acontecer nesta quinta-feira, a partir das 10 horas, no Plenarinho da Assembléia. Com isso, só os deputados e a imprensa teriam acesso à sessão.

A decisão foi tomada, de acordo com Brandão, atendendo a um pedido assinado por 28 deputados. Com isso, evita-se o confronto com os estudantes que permanecem dentro do plenário da Assembléia.

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Por outro lado, os deputados contrários à privatização temem que haja uma retirada à força dos manifestantes durante a madrugada. A polícia militar já está de plantão para atender a um chamado do presidente da casa.

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Na primeira noite e madrugada da sessão, policiais armados já entraram na assembléia para esvaziar as galerias, mas foram contidos por deputados que ficaram irritados com a permanência de policiais armados na casa. Desta vez, com o adiamento, teme-se que os policiais não respeitem mais os deputados de oposição e promovam o "despejo" dos estudanetes que invadiram o plenário na tarde desta quarta-feira.


A votação está apertada. Pelas contas informais, o governo tem 27 votos, contra 26 dos que são contra a privatização. Caso o deputado Luiz Fernandes Litro não tenha condições de voto, a contagem ficaria empatada. Litro foi internado no hospital com problemas cardíacos depois que foi pressionado pelos dois lados.

Ele deixou o bloco da oposição, não atendeu apelos partidários e posicionou-se a favor da venda. O senador Alvaro Dias viajou de Brasília a Curitiba para reunir-se com Litro e tentar faze-lo seguir a orientação do PSDB para votar contra a privatização. Litro não cedeu. Pela manhã desta quarta-feira, ele passou mal e foi para o hospital.


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