A CPI da Telefonia - que investiga denúncias de irregularidades praticadas pelas operadoras e escutas clandestinas - marcou para a próxima terça-feira uma acareação entre o coronel Lício Pereira, que seria assessor de segurança da presidência do Banco HSBC, e o ex-sargento da Polícia Militar Jorge Luiz Martins. O ex-sargento depôs terça-feira na CPI e confirmou as denúncias do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana de escutas telefônicas e investigação de atos de clientes do Banco HSBC, diretores e funcionários.
Pereira havia sido intimado para comparecer na terça-feira, mas estava em viagem. Também serão intimados a depor na terça-feira o presidente da Telepar Brasil Telecom, Jorge Jardim Filho; o diretor da GVT (empresa espelho da Telepar), Márcio Kaiser; e o diretor técnico da TIM Telepar, Gil Odebrecht.
Para o dia 25, foi marcada outra acareação, desta vez entre Pereira, Martins e o diretor jurídico do HSBC, Álvaro Hackman. Após a acareação deverá ser ouvido Sávio Bloomfield, diretor da Global Telecom, operadora de telefonia celular.
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O presidente da CPI, deputado Tony Garcia (PPB), aguarda pronunciamento da Justiça sobre a primeira versão da CPI da Telefonia, que tinha raio de ação mais amplo e investigava denúncias de escutas ilegais que teriam sido feitas pelo Palácio Iguaçu.
A versão original, também presidida por Garcia, foi cancelada pelo Tribunal de Justiça no último dia 18 de junho, por 90 dias. O TJ entendeu que houve falhas no processo de instalação da comissão. Como o prazo está vencendo, o Judiciário deve se pronunciar nos próximos dias. O caso está na Procuradoria do TJ, para receber parecer. As apurações já feitas pela primeira versão da CPI podem ser encaminhadas ao Ministério Público. O governo do Estado nega a existência de um esquema de escutas ilegais.