O deputado estadual Plauto Miró (PFL) disse que, até segunda-feira, vai conseguir as assinaturas necessárias para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) na Assembléia Legislativa.
Em entrevista à rádio CBN, ele disse que já tem 12 das 18 assinaturas necessárias para a abertura da CPI, e que tem o apoio do presidente da Assembléia, Hermas Brandão. A intenção da CPI seria levantar os números da reforma agrária no Paraná e as ações do MST no Estado.
A assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu informou que o governador Roberto Requião considera a CPI "desnecessária", mas que cabe aos deputados a decisão sobre sua instalação.
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Além da CPI do MST, o deputado Plauto Miró pode apresentar já na segunda-feira, na volta do recesso parlamentar, um projeto de lei que responsabilizaria o governo estadual pelo descumprimento de reintegrações de posse no campo e na cidade.
Caso o governo não cumprisse as determinações judiciais, teria que pagar multa de 1% do valor da área. O valor seria, então, dividido entre o proprietário da área, seus funcionários e, dependendo do caso, moradores da região invadida. Plauto Miró diz não temer que a apresentação gere conflitos por causa de eventuais repressões violentas às invasões.
O secretário-chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, ironizou o projeto. Ele disse à rádio CBN que a idéia "é interessante", e sugeriu uma emenda que responsabilizaria o deputado Plauto Miró por eventuais conflitos entre invasores e a polícia.