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CPI

CPI Sercomtel/Copel: depoimentos de Belinati e Azzolini serão fundamentais

Redação - Folha de Londrina
03 abr 2003 às 17:45

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Ex-presidente da Sercomtel Rubens Pavan apontou o ex-prefeito Belinati como uma das pessoas que poderiam esclarecer o caso
- José Suassuna
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pela Assembléia Legislativa para investigar, entre outras coisas, a venda de 45% das ações da Sercomtel, que cuida da telefonia em Londrina, para a Companhia Paranaense de Energia (Copel), em maio de 1998, fez nesta quinta-feira sua primeira audiência pública e já chegou a uma conclusão.

Dois depoimentos prometem ser fundamentais para a elucidação do caso: o do ex-secretário municipal de Governo Gino Azzolini Neto e o do ex-prefeito de Londrina Antonio Belinati (sem partido).

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Azzolini Neto já foi convocado formalmente pela CPI, mas não compareceu nesta quinta-feira, como era esperado. Vai ser reconvocado para a próxima reunião da comissão, marcada para terça-feira da semana que vem.

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Furiosos com a ausência, os parlamentares não descartam a possibilidade de pedir até ajuda policial, se necessário, para garantir a presença de Azzolini e do ex-servidor da Copel Alceu Adalberto Fardin, também convidado a depor e que não compareceu.

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Já a convocação de Belinati ainda está sendo amadurecida e pode ficar para mais tarde. A CPI tem 120 dias, prorrogáveis, para apurar se a transação foi lesiva ou não aos cofres públicos.


O ex-secretário da Fazenda de Londrina Luiz César Guedes, que atendeu o chamado da CPI, reiterou diversas vezes nesta quinta-feira que não era de sua competência, mas sim do secretário municipal de Governo, por exemplo, autorizar solicitações de empenho de recursos.

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As declarações de Guedes levaram os deputados a concluir que Azzolini Neto pode vir a esclarecer o número de contas bancárias usadas pela Prefeitura de Londrina e o destino dos recursos após a venda das ações para a Copel. O Ministério Público suspeita que houve desvio de recursos.


Já o ex-presidente da Sercomtel Rubens Pavan, o outro depoente ouvido pela CPI, afirmou que não tinha respostas para algumas questões e sugeriu que quem poderia esclarecer várias questões à CPI seria a própria prefeitura, comandada na época por Belinati.

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Mesmo tendo participado da operação, Pavan e Guedes afirmaram mais de uma vez aos deputados desconhecer informações. Os membros da CPI não ficaram satisfeitos com os depoimentos, que não esclareceram pontos críticos do assunto.


Tanto Pavan como Guedes faziam parte do Conselho de Gestão Financeira (Codefi), criado para gerenciar os recursos oriundos da venda das ações. Entretanto, ambos afirmaram não saber o destinos dos recursos, bem como o porquê de a prefeitura ter recorrido ao Banestado. Nesta época, Pavan era inclusive presidente da empresa.

Leia mais na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina


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