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Para terça-feira

CPMI do Banestado aguarda depoimento de Celso Pitta

Bonde, com informações da Agência Brasil
25 abr 2004 às 17:02

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banestado, que investiga a remessa de divisas para o exterior por meio das contas CC-5, deverá ouvir o depoimento do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta na terça-feira.

Pitta vem sendo acusado, inclusive por sua ex-mulher Nicéia Camargo, de fazer transferências ilegais de dinheiro para o exterior e de manter contas secretas no estrangeiro.

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Celso Pitta, que foi ligado ao também ex-prefeito da capital paulista Paulo Maluf (outro investigado pela comissão), já teve seus sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados por decisão da CPMI do Banestado e suas supostas operações bancárias no exterior vêm sendo rastreadas pelas autoridades policiais federais e pelo Ministério Público.

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Nas investigações feitas pela comissão, o relator, deputado José Mentor (PT-SP), chegou a ir a Nova York (EUA), acompanhado por Nicéia Camargo, para investigar contas que ela garantiu pertencerem a Celso Pitta, movimentadas com recursos que teriam sido desviados de obras públicas à época em que ele foi prefeito de São Paulo.

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A CPMI do Banestado está encontrando dificuldades para tomar depoimentos e começa a adotar precauções judiciais a fim de obrigar os convocados a deporem: na última sessão da comissão, na terça-feira, dia 20, o "doleiro" Antonio Oliveira Claramunt, conhecido como "Toninho Barcelona", não compareceu e deverá ser chamado a depor escoltado pela Polícia Federal.


Da mesma forma, o depoimento do também "doleiro" Alberto Youssef, que seria ouvido em Curitiba por integrantes da comissão, foi adiado para a próxima sexta-feira. Youssef é acusado pelo Ministério Público de sonegar mais de US$ 33 milhões em impostos entre 1986 e 1999.

Para a sessão de terça-feira, além do depoimento de Celso Pitta, está prevista a realização de uma sessão secreta entre os senadores e deputados integrantes da comissão. Eles discutirão os rumos da CPMI do Banestado e as disputas partidária, como a divergência entre o relator e o presidente da comissão, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que recentemente se tornou pública.


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