O senador Álvaro Dias avaliou como tardia a decisão do presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, em abrir o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Para ele, o processo deveria ter sido aberto há muito tempo. No entanto, o deputado teria segurado todas as solicitações de afastamento numa tentativa de evitar a cassação do seu mandato.
"É uma decisão que chegou com muito atraso. Ao invés de defender o interesse do país, Cunha passou a defender-se. Acusado, denunciado e investigado ele tentou negociar com o Governo para se salvar, mas quando percebeu que não lograria êxito ele usou a abertura do processo como revanche", avaliou o senador.
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Na opinião de Dias, o processo de impeachment não será concluído, dada a quantidade de votos necessários para validá-lo.
"Tenho dificuldade em apostar no impeachment pela quantidade de votos necessários para que o processo seja aceito. Além disso, com a saída de Dilma, o vice presidente assume. Michel Temer não tem autoridade moral e política para presidir a nação", opinou.
Para que o processo seja aprovado, são necessários votos de pelos menos 2/3 dos 513 deputados que compõem a Casa, ou seja, 342 parlamentares.