A defesa do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) recorreu a um depoimento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e à contratação no passado de um jornalista pelo agora senador Aécio Neves (PSDB-MG) para defender Cunha de uma acusação de peculato no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal. Cunha é o único réu candidato nas eleições de outubro. Ele disputa a prefeitura de Osasco (SP).
O advogado Alberto Toron começou sua exposição defendendo a contratação do jornalista Luiz Costa Pinto por meio de empresa do próprio jornalista para atuar na Câmara. O Ministério Público sustenta que o profissional prestou serviços a Cunha, não à instituição. Toron destacou depoimento de parlamentares de diversos partidos e enfatizou as declarações de Cardozo em juízo. O ministro afirmou que o jornalista trabalhava para a Câmara.
O senador tucano Aécio Neves foi lembrado pelo advogado por já ter, no passado, contratado o mesmo jornalista da mesma forma (que Cunha contratou) quando ocupou a presidência da Casa. "Não se pode falar em peculato porque o trabalho foi contratado e prestado, um trabalho que vinha desde a época do presidente Aécio Neves", destacou.
Leia mais:
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Toron afirmou que o fato de a empresa do jornalista ser registrada em sua residência não é um problema e voltou a dizer que se isso fosse alvo de questionamento a pergunta devia ser novamente levada também a Aécio Neves. "É uma questão fiscal".