O promotor de Defesa do Patrimônio Público, Renato de Lima Castro, pediu para que a atual administração crie novos meios para fiscalizar a doação de terrenos públicos às empresas em Londrina. "São áreas que valem milhões de reais. É preciso que a prefeitura crie cargos para fiscalizar os próprios fiscais. O esquema desbaratado hoje mostra que todo o cuidado é pouco", argumentou citando operação do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizada na manhã desta sexta-feira (6) na sede do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel).
Três pessoas foram detidas durante a operação. O gerente de Desenvolvimento Industrial da Codel, Eduardo Reale, a corretora e enfermeira Eliana Teixeira Gonzaga e o empresário Dorival Pereira são acusados de participar de um esquema de cobrança de propina em troca da doação de terrenos públicos.
O Ministério Público (MP) investiga de quatro a cinco casos. Empresários que teriam pago de R$ 5 mil a R$ 10 mil aos acusados em troca das áreas da Prefeitura de Londrina. O coordenador do Gaeco, promotor Claudio Esteves, não descartou a participação de mais envolvidos no esquema, mas garantiu que não há indícios de que cargos comissionados do prefeito Alexandre Kireeff (PSD) ou vereadores têm participação nas irregularidades. "Não há nenhuma informação neste sentido."
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Kireeff garantiu que vai colaborar com as investigações e colocou a estrutura da prefeitura à disposição dos promotores.