Os ânimos estiveram exaltados na audiência pública promovida pela Comissão Especial de Reforma da Previdência, nesta quarta-feira. Tudo começou quando o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, respondia à acusação de "fura-greve", feita pelo deputado Alceu Colares (PDT-RS).
Marinho explicava que a divergência entre greve e não-greve ocorre porque a CUT entende que seria melhor negociar a reformulação da proposta de reforma previdenciária do que simplesmente pedir sua retirada do Congresso. Em meio à explicação, Colares interrompeu Marinho várias vezes, o que levou o sindicalista a levantar a voz.
Por último, o presidente da CUT disse que a entidade iria solicitar ao Ministério Público total apuração sobre as denúncias de acúmulo de aposentadorias e pensões, uma vez que a lei manda optar por uma delas. Isso foi o suficiente para o deputado Alceu Colares se exaltar e dizer que tem aposentadoria como telegrafista e pensão como ex-governador do Rio Grande do Sul.
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Colares citou também os casos do ministro das Cidades, Olívio Dutra, aposentado como bancário e pensionista como ex-governador gaúcho e do presidente Lula que, segundo ele, tem aposentadorias por invalidez e como sindicalista, além de receber como presidente da República.
Tanto Luiz Marinho quanto o presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, João Domingos, disseram que a proposta de reforma do Executivo "é prejudicial aos servidores públicos". Segundo Marinho, a proposta precisa ser melhor debatida para garantir justiça social.