Aparecido Custódio da Silva (PFL), que já havia deixado seu mandato de vereador na Câmara de Curitiba, tomou posse à tarde como deputado estadual na Assembléia Legislativa sob protestos de ex-funcionários de seu gabinete na Câmara. O recém-empossado deputado está sendo denunciado pelo Ministério Público (MP) por apropriação indébita de recursos públicos.
Custódio assumiu a vaga de Nelson Justus, novo secretário dos Transportes e se beneficia com a imunidade parlamentar. Ele foi acusado de desviar recursos da Câmara entre 1993 e 1999 através da retenção de parte dos salários de funcionários e destinação indevida da verba de assistência social.
O deputado ainda não decidiu se vai abrir mão da imunidade, mas em entrevista à Folha publicada no dia 30 de novembro do ano passado ele alegou inocência. Para que ele responda normalmente ao processo, a Assembléia precisa conceder licença.
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"Vou conversar com o presidente da Casa e ver se o regimento interno permite", afirmou. O presidente eleito, Hermas Brandão (PTB), disse que se o MP solicitar a Assembléia vota a licença. Hermas Brandão toma posse no dia 15 de fevereiro. Apesar dos protestos, Custódio conseguiu lotar de eleitores e amigos o plenarinho da Assembléia, onde aconteceu a cerimônia de posse.
Os ex-funcionários do deputado pefelista esperam que ele seja liberado para responder ao processo. "Queremos sensibilidade por parte do Legislativo. Ele tem que responder ao MP, e até havia prometido que abriria mão da imunidade", disparou Vilmar Honorato de Melo, ex-chefe de gabinete de Custódio na Câmara entre 1993 e 98. Melo disse que se irritou e acabou pedindo demissão em 98. Segundo ele, além da denúncia do MP existem cerca de 40 ações trabalhistas contra Custódio.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte na Folha do Paraná desta quinta-feira