O prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), foi recebido nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, ao lado da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Segundo Fruet, a presidente ofereceu "total disposição de cooperação" à capital paranaense. "A nossa preocupação agora é não perder a continuidade de projetos, em especial do PAC da mobilidade, e garantir durante a transição, até o final do ano, o encaminhamento de propostas e das emendas para investimentos a partir de 2013", contou Fruet.
Ele disse que encontrou uma presidente muito bem-humorada e conhecedora dos detalhes da campanha em Curitiba e das necessidades da cidade. "Precisamos garantir continuidade também de importantes projetos de saúde, segurança, infraestrutura e educação", disse ele. Na conversa, de acordo com Fruet, a possibilidade de a ministra Gleisi Hoffman deixar a Casa Civil para disputar o governo do Paraná em 2014 não foi tratada. Segundo ele, a presidente Dilma anunciou que fará uma reunião com os prefeitos das capitais, mas não marcou uma data para o encontro.
Questionado se durante a conversa com a presidente Dilma houve constrangimento por ele ter sido algoz do PT durante a CPI do Mensalão, Gustavo Fruet informou que o assunto não foi tratado e lembrou que esse tema foi objeto de muita discussão durante a campanha, com tentativas de desconstrução de sua candidatura. "Eu fico muito tranquilo porque, em momento algum, eu estabeleci isso como enfrentamento, mas sempre reafirmando o trabalho que realizamos no Congresso, que foi um trabalho sério e responsável durante a CPI", comentou ele. "Tanto é que o Supremo hoje julga o caso. Muitas provas que o STF utiliza foram colhidas na Comissão Parlamentar de Inquérito. Em momento algum se questionou a responsabilidade das informações que foram enviadas ao STF. Então, cada um é guardião da sua história e das suas convicções. Eu entendo que fizemos um trabalho sério, responsável e em momento algum isso deve ser negado", declarou o prefeito eleito.
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Fruet disse que a conversa foi descontraída. Ele contou que chegou a comentar com a presidente que, em muitos momentos, estava tão preocupado com a eleição que não dormia, mas que agora a tensão aumentou com a quantidade de trabalho e de responsabilidade que tem pela frente. Diante dos novos desafios, Fruet disse que "parece que as eleições foram férias". Dilma, segundo ele, respondeu, ironizando: "fique tranquilo que isso será só nos primeiros seis meses".