A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que não irá reduzir nenhum gasto com programas sociais no País. Em coletiva de imprensa no início da noite desta segunda-feira, 1º, interrompendo a reunião ministerial que teve nesta tarde em Brasília, Dilma afirmou que irá buscar em outras áreas recursos para fazer investimentos em mobilidade urbana e em serviços públicos, que têm sido motivos de protesto nas ruas do País.
"Não vai haver a menor hipótese de reduzir qualquer gasto social, porque tudo o que conquistamos foi reasultado do Bolsa Família, Luz Para Todos, Água Para Todos", afirmou a presidente, citando programas sociais desenvolveidos pelo Governo.
Dilma também disse que não iria comentar a pesquisa Datafolha que apontou queda na popularidade da presidente de 57% para 30% após três semanas de protestos pelo País. "Nunca comentei pesquisa. É um retrato do momento e a gente tem que respeitar", afirmou.
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Plebiscito. A presidente disse que apresentará nesta terça-feira, 2, ao Congresso, uma lista de perguntas, como sugestão, para um plebiscito sobre a reforma política. Ela enfatizou que cabe ao Congresso e ao Tribunal Superior Eleitoral definirem o conteúdo da consulta popular. Afirmando que uma consulta não pode ter questões em excesso para não ser exaustiva, disse que pretende enviar perguntas sobre financiamento de campanha e o tipo de voto em eleições.
"Basicamente, diz respeito ao financiamento das campanhas e ao padrão de voto vigente, se é proporcional, se é distrital, se é misto. Há esse tipo de questão. Deve ser formulado e amanhã vocês vão ver bem direitinho quais são as questões", afirmou.
A presidente falou que as perguntas serão enviadas como sugestão, porque a competência de convocar um plebiscito cabe unicamente ao Congresso.
"As perguntas ficam entre o Senado e a Câmara, de um lado, e o TSE, de outro, que formata as perguntas. Está claro na Constituição que quem convoca o plebiscito e quem tem poder convocatório para o plebiscito é o Congresso Nacional. Por isso eu insisto na palavra, é uma sugestão, no que se refere à relação entre o Executivo e o Congresso", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.