O senador Alvaro Dias, candidato ao governo do Estado pelo PDT, adotou uma estratégia no mínimo polêmica para pedir votos nesta eleição. A distribuição de calcinhas em seus comícios, feita pelo cantor romântico Wando, seu amigo pessoal e contratado pelo comitê pedetista para animar os eleitores, está servindo de munição para seus adversários. Além de calcinhas, o cantor de ''Fogo e Paixão'' distribui rosas e maçãs enquanto canta seus sucessos com letras provocantes.
O primeiro a atacar a tática dos pedetistas foi o PSD do presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura, com quem Alvaro tem problemas antigos. Ontem, no programa eleitoral gratuito, o espaço reservado ao PSD explorou a distribuição de calcinhas. O candidato do PSD ao governo, Cirus Itiberê da Cunha, negou a autoria da inserção. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmou ontem que o espaço, conforme a grade de programação, é do PSD. A assessoria do TRE explicou que a Justiça só poderá tomar uma providência se Alvaro reclamar judicialmente.
Questionado sobre o assunto, Alvaro tentou passar tranquilidade. Não fez ataques ao PSD nem a Moura. Ele preferiu se desvincular da entrega de calcinhas. ''Isso é com o Wando. E ele não é candidato. Eu termino o comício antes do Wando subir no palco'', afirmou. ''Imagino que (as críticas) sejam uma falta de alvo. Acho muito estranho repassarem para o candidato o que o cantor faz.''
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