Perícia contratada pelo empresário pernambucano João Carlos Lyra estimou em cerca de R$ 800 mil os prejuízos causados a imóveis atingidos pela queda do avião utilizado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) em sua campanha presidencial. Uma das famílias afetadas já fechou um acordo e está recebendo a indenização em parcelas.
Embora o avião estivesse em nome da empresa AF Andrade, Lyra se apresentou como um dos responsáveis por ele. Na época do acidente, em agosto, o empresário afirmou ter obtido empréstimos para adquirir a aeronave. A Polícia Federal e o Ministério Público investigam a origem dos recursos.
Segundo o advogado Carlos Gonçalves Júnior, que representa Lyra na negociação com os donos dos imóveis, o valor de R$ 800 mil foi estimado por um perito do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias (Ibape).
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O avião caiu em Santos, no bairro de Boqueirão. Campos e mais seis pessoas morreram no acidente. O Cessna Citation 560 XL, prefixo PR-AFA, atingiu casas, dois prédios, uma academia de ginástica e um buffet infantil. Esses dois últimos imóveis não foram periciados e não entraram na conta do Ibape.
Negociações
Entre 36 e 37 famílias já abriram negociações com Lyra, segundo seu advogado. Algumas ainda não apresentaram suas estimativas de prejuízos. No caso dos prédios, a defesa do empresário tem informações de que uma seguradora vai indenizar os moradores. Nesse caso, a intenção de Gonçalves Júnior é pagar apenas a diferença entre a indenização e o prejuízo estimado. "Não faz sentido indenizar em duplicidade."
O advogado da maioria das famílias afetadas pelo acidente, Luiz Alberto Arruda Sampaio, não foi localizado nesta segunda-feira, 29, em seu escritório. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.