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Eleição do PT pode parar na Justiça

Lino Ramos - Folha de Londrina
09 out 2001 às 21:24

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A eleição para a presidência do PT no Estado pode parar na Justiça. O deputado federal padre Roque Zimmermann, derrotado pelo atual presidente da sigla, André Vargas, disse ontem que vai questionar o resultado da eleição, ocorrida no último domingo. Ele ficou revoltado com a impugnação de 509 votos em 11 municípios onde tinha a maioria dos filiados.

"Me sacanearam com pelo menos 500 votos", denunciou. Ele acusa o grupo de Vargas de cometer diversas irregularidades e pretende relatá-las nesta quarta-feira à executiva estadual. O deputado disse que não pretende rachar o partido, mas não irá ficar calado. "Não vou aceitar essa fraude no resultado das urnas."

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Vargas, vereador em Londrina, foi eleito com 4.009 votos, contra 3.786 dados a Zimmermann. O segundo turno da eleição contou com a participação de 7.919 filiados e a apuração dos votos foi concluída nesta terça-feira. Vargas foi eleito para um mandato de três anos. Há seis meses, o vereador exerce um "mandato tampão" conferido pela executiva estadual do PT após a eleição de Nedson Micheleti para a prefeitura de Londrina.

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O resultado da disputa fortalece a pré-candidatura do deputado estadual Ângelo Vanhoni ao Palácio Iguaçu e ao mesmo tempo enfraquece as pretensões do grupo do deputado federal Florisvaldo Fier, o doutor Rosinha, que havia colocado Padre Roque como pré-candidato. Vanhoni tem o respaldo dos 436.270 votos obtidos no segundo turno das eleições municipais em Curitiba, quando foi derrotado por Cassio Taniguchi (PFL), que fez 26.541 (2,9%) votos a mais que o petista.


Com a vitória de Vargas o PT pode costurar uma ampla aliança política para as eleições de 2002, ao contrário do grupo de Padre Roque que só aceita uma ligação com o PMDB. "Temos que manter conversações com todos os partidos, ou no primeiro ou no segundo turno, não podemos tratar o PDT como nosso adversário, é um aliado que pode estar junto no segundo turno. O PPS também é um aliado e vamos tratá-lo com relevância, mas não abrimos mão da candidatura própria", avaliou.

O prefeito Nedson Micheleti acredita que os adversários irão aceitar o nome de Vanhoni. Agora o partido deverá definir a chapa de deputados e o provável leque de alianças. "Os partidos favoráveis ao Lula para presidente e que quiserem se somar com a gente serão bem-vindos", afirmou.


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