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Em evento do PCdoB, Dilma reconhece 'momento difícil' do governo

Agência Estado
29 mai 2015 às 21:54

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- Reprodução
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Em evento do PCdoB na noite desta sexta-feira (29), em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff (PT) reconheceu que seu governo vive momentos difíceis e de grande desafio, o de colocar em prática o ajuste fiscal elaborado por sua equipe econômica. "Chegamos ao limite do orçamento e devemos reconstruir o equilíbrio fiscal, estamos tentando colocar a economia na rota do crescimento e é melhor que façamos logo porque a demora atua contra a população e contra o povo."

Ao dizer do momento difícil que sua gestão enfrenta, a presidente elogiou o PCdoB pela lealdade e pela disposição de defender o seu projeto para o País. "Os verdadeiros parceiros ficam conosco em momentos de desafios e estamos vivendo momentos difíceis. Tenho certeza que posso contar com o PCdoB em todos os momentos, pois nas horas difíceis é que sabemos com quem conta", frisou, numa crítica indireta ao seu partido, o PT, que tem sido um dos críticos do ajuste fiscal promovido por sua gestão.

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No discurso aos militantes do PCdoB, Dilma disse que voltar a crescer exige que governo seja capaz de fazer esses ajustes. Desde a eclosão da crise, adotamos uma estratégia de fortalecer as políticas sociais, ampliamos crédito subsidiado, BNDES concedeu financiamentos e autorizamos investimentos para Estados e Municípios em montantes nunca antes feitos na história deste País, plagiando o presidente Lula, para preservar a renda e os empregos."

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A presidente disse que apesar do ajuste, que restringe o orçamento, sua gestão não vai deixar de continuar atendendo a população mais pobre e nem abandonar os programas sociais e os investimentos em infraestrutura. "Chegamos ao limite do orçamento, não podemos continuar com os mesmos padrões (de gastos), temos de realizar ajustes para preservar os objetivos estratégicos, o desenvolvimento sustentável do País. Um País não faz ajustes interrompendo seus programas sociais ou de infraestrutura", garantiu.

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E criticou a gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso. "Os ajuste que queremos fazer, não tem o mesmo padrão dos realizados antes do governo Lula, não temos como voltar atrás, não fazemos ajuste gastando mais, mas não vamos interromper os programas sociais e de infraestrutura. Este é o desafio do governo e, por isso, é preciso rapidez na implantação dos ajustes para conquistar o reequilíbrio fiscal."


Na sua avaliação, a tarefa de sua gestão é encurtar as restrições mais pesadas e dividir sacrifícios. "Dividir os sacrifícios da forma mais justa possível, é o que o meu governo procura fazer de forma obstinada, mas não podemos nos iludir, a retomada do crescimento exige esforço de todos."

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Além dos aspectos econômicos, a presidente da República disse também que a reforma política é fundamental para fortalecer os partidos. Mas não entrou em detalhes sobre a reforma que vem sendo conduzida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


No discurso na 10ª Conferência Nacional do PCdoB, Dilma disse que comparecer ao evento da legenda é sempre uma oportunidade de participar de um debate político qualificado. Ovacionada pelo público, ela agradeceu o apoio que recebeu na campanha eleitoral dos militantes da sigla.

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"Em meio a esta militância eu sei que estou cercada de companheiros onde posso assumir críticas e compromissos", disse ela. E lembrou que ao formar a sua equipe para o segundo mandato, disse que não via ninguém melhor para a pasta de Ciência e Tecnologia, o titular Aldo Rebelo. E disse que ele foi muito importante para a realização da Copa do Mundo (quando esteve na pasta do Esportes).


Ao falar do PCdoB, Dilma disse que espera estar junto da militância e fazer o bom combate. "Espero continuar contando com seus conselhos, Renato (Rabelo), útil, claro e límpidos, agora numa nova etapa, de você como um grande conselheiro."

No afago ao PCdoB, Dilma disse que a sigla sabe o que deve ser denunciado e combatido e que a sigla é leal ao seu governo, assim como foi na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


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