A Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público protocolou denúncia contra o ex-deputado Luiz Carlos Stanislawczuk, 65 anos, por peculato (apropriação ou desvio de valores feito por funcionário público). A denúncia refere-se à contratação de 16 funcionários "fantasmas", no período de 1999 a 2003, quando Zuk era deputado pela região dos Campos Gerais. De acordo com a Promotoria, o total do desvio chega R$ 1,39 milhão (valores atualizados apenas com a correção monetária).
Nos depoimentos prestados à Promotoria, essas pessoas afirmaram que não trabalhavam na Assembleia Legislativa no período dos pagamentos. Segundo as apurações feitas pelo Ministério Público, as verbas referentes aos salários dos pretensos "assessores parlamentares" eram depositadas em uma única conta, de titularidade de um assessor de Zuk, Miguel Arão Ribas Dropa (já falecido). Quase a totalidade do dinheiro era repassada para o então deputado.
Várias das pessoas que tiveram seus nomes na folha de pagamento sequer sabiam como seus dados foram obtidos pelo deputado. Em alguns casos, pessoas que foram procurar ajuda política do parlamentar, como estudantes de faculdades particulares que buscavam transferência para instituições públicas, tiveram seus dados utilizados indevidamente. Duas das pessoas haviam trabalhado no gabinete do deputado, mas em outra legislatura, não no período em que constam os pagamentos irregulares. Em outra situação, ainda, foram usados dados fornecidos ao deputado a pretexto do preenchimento de ficha de filiação ao PDT, em suposta campanha para novos filiados.
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Em caso condenação, a pena por peculato poderá variar de dois a doze anos de reclusão.