O ex-prefeito de Londrina José Joaquim Ribeiro (sem partido) deixou a cela na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2) na tarde desta sexta-feira (21) para prestar depoimento ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Ribeiro chegou à sede do GAECO às 16h depois de seu advogado, Ricardo Flores, ter se encontrado com o promotor Renato de Lima Castro.
O ex-prefeito então foi chamado para prestar novos esclarecimentos. De acordo com o promotor, a defesa queria trocar a colaboração de Ribeiro nas investigações com o benefício da delação premiada, que acabou sendo negado.
"Tinha por propósito de eventualmente pleitear uma delação premiada, mas a Lei de delação premiada exige alguns requisitos. Requisitos que não foram cumpridos e portanto torna-se invivável a aplicação desse benefício legal".
Leia mais:
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Sobre o teor das informações que Ribeiro ainda poderia prestar, Renato de Lima Castro explicou o motivo do benefício ter sido negado.
"Seria para desvendar eventual autoria dos fatos delituosos ou novos fatos delituosos que porventura ele tivesse conhecimento. Como esses acontecimentos não ocorreram, é um pressuposto necessário, pressuposto sem o qual não é possível a delação premiada".
Joaquim Ribeiro teria pedido ao promotor um livro para ler durante o cárcere. Ele deixou o órgão no final da tarde, estava algemado e carregava o livro "Corrupção", de José Antônio Martins, que faz parte da coleção "Filosofia, frente & verso", da editora Globo.