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Pressão aumenta

'Fogo amigo' ajuda a fragilizar ministro Palocci

Agência Estado
05 jun 2011 às 10:01

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De perfil tranquilo, porém soturno, como apontam os próprios petistas, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, não promove o enfrentamento político interno, mas se mostra vulnerável ao "fogo amigo". É dentro do próprio PT que estão os maiores desafetos de Palocci, situação que pode, na atual crise política, ajudar a empurrar o ministro para fora do cargo exatamente quando o Planalto avalia a repercussão das explicações fornecidas por ele na última sexta-feira.

Nestes cinco primeiros meses do governo de Dilma Rousseff, ele desagradou parte da bancada petista na Câmara, que até hoje não conseguiu emplacar seus 104 indicados para cargos de segundo escalão. Com alguns, Palocci bateu de frente. Foi o caso do ex-presidente do PT e deputado Ricardo Berzoini (SP), que perdeu posições no Banco do Brasil e na Previ - o fundo de pensão dos funcionários do banco.

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Palocci é considerado eterno adversário de parlamentares paulistas que alimentam a esperança de virarem candidatos do PT ao governo de São Paulo. Até a recente crise política da qual ele é protagonista, por conta de sua evolução patrimonial, o nome do ministro era sempre lembrado para o cargo. Na lista de alguns petistas, Palocci é, inclusive, potencial candidato à Presidência em 2018.

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A exposição o coloca em confronto com outro peso-pesado petista, que vê Palocci como uma ameaça a pretensões eleitorais: o ex-ministro José Dirceu. Colegas de ministério no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, ambos disputavam a preferência do chefe na corrida pela sucessão presidencial. Os dois foram abatidos por se envolverem em escândalos, criando um vácuo ocupado por Dilma.

Boa parte da bancada federal do PT também não morre de amores pelo ministro. A ala do partido que elegeu Marco Maia (RS) presidente da Câmara e Paulo Teixeira líder do partido defende uma mudança geral na coordenação política.


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