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Fórum contra Venda da Copel lança ofensiva

Rosane Henn - Folha do Paraná
21 abr 2001 às 17:38

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O Fórum Popular Contra a Venda da Copel vai lançar na segunda-feira uma nova estratégia para evitar a privatização da companhia de energia, que o governo do estado pretende levar a leilão em outubro ou novembro. Às 10 horas, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, será oficializado o início da coleta de assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular contra a venda da estatal. De acordo com o coordenador político do Fórum, deputado Orlando Pessuti (PMDB), para que o projeto comece a tramitar na Assembléia, são necessários cerca de 65 mil assinaturas de pelo menos 50 municípios, o que equivale a 1% do eleitorado paranaense.

O parlamentar afirma que o objetivo é conseguir a quantidade num prazo de 45 dias para que o projeto seja encaminhado ao plenário antes de começar o recesso de julho na Assembléia. "Os mais de 100 mil abaixo-assinados que já temos não contam porque a adesão à campanha precisa ser feita em formulário específico para ter valor legal", diz Pessuti.

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O coordenador executivo do Fórum, Nelton Friedrich, garante que, além desse projeto, outras ações serão desenvolvidas. Entre elas ele cita a realização de audiências públicas, vigílias, e uma marcha a Curitiba com delegações de vários municípios. "Nossa intenção é trazer mais de 20 mil pessoas à Capital no dia 13 de junho, para fazer um grande protesto público e mostrar que a sociedade paranaense está contra a iniciativa do governo", ressalta Friedrich. Segundo ele, na próxima semana também haverá uma reunião com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), quando a entidade deve se posicionar oficialmente com relação à venda da estatal. Friedrich e demais coordenadores e integrantes do Fórum Popular Contra a Venda da Copel fizeram ontem, uma visita de cortesia à direção da Folha em Curitiba.

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O Fórum, que soma 112 entidades, continua buscando apoio. Já se posicionaram contra o Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Sindicato dos Eletricitários, Sindicato dos Engenheiros, entre outros. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seção Paraná, decidiria ontem sua posição oficial sobre o assunto. Até o fechamento desta edição, a reunião do conselho não havia terminado. O presidente da OAB/PR, José Hipólito Xavier da Silva, já manifestou sua posição pessoal, contrária à privatização. "Mas não sou contra simplesmente por ser contra. A preocupação reside no fato de entregar um setor estratégico às mãos da iniciativa privada".

A Associação Comercial do Paraná (ACP) é considerada peça importante na luta, e está promovendo uma série de debates antes de tomar uma posição. A expectativa é que, depois de ouvir o empresário Antônio Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim, e o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), José Mário Miranda Abdo, a ACP se pronuncie. As palestras ainda não têm data definida (colaborou Maria Duarte)


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