O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de falta de decoro parlamentar, será julgado nesta quarta-feira em sessão secreta do plenário do Senado Federal, em que será decidido, pelo voto secreto, se terá seu mandato cassado.
Derrotado por 11 votos a 4 no Conselho de Ética do Senado, na última quarta-feira e, na noite do mesmo dia, novamente derrotado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa, que decidiu pela admissibilidade da ação de cassação do seu mandato por 20 votos a 1, Renan Calheiros conta com a votação secreta, ao contrário das duas primeiras instâncias, onde foi derrotado em votações abertas.
Vários partidos definiram na véspera a orientação que terão suas bancadas. O PT e o PMDB decidiram liberar suas bancadas para votarem como quiser. Ainda assim, é bastante provável que a maioria dos petistas e peemedebistas votem pela absolvição de Renan - aliado fiel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O próprio PMDB, partido de Renan, espera contabilizar de três a sete traições (votos pela cassação).
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Para ser cassado, Calheiros precisa do voto contrário da maioria absoluta dos 81 senadores - ou seja, são necessários 41 votos para se instaurar a cassação.
A reunião será aberta às 11h, mas, assim que o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), começar a sessão, ela imediatamente será fechada. Somente poderão participar da sessão secreta os advogados de Renan e do PSOL - autor da representação contra o peemedebista no Conselho de Ética do Senado -, os senadores e a secretária-geral da Mesa, Cláudia Lyra, além do secretário-adjunto, José Roberto.
Das Agências