O diretor da gráfica da Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, Luis Carlos Monteiro, e outras quatro pessoas presas na Operação Ectoplasma II, realizada no último sábado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), já foram liberados depois de prestarem depoimento. Os nomes das quatro pessoas liberadas não foram divulgados pelo Gaeco. No total, seis pessoas envolvidas em desvio de dinheiro na AL permanecem presas.
A Operação Ectoplasma II conseguiu cumprir 11 mandados de prisão temporária, incluindo o de Abib Miguel (ex-diretor geral da AL) e o de Cláudio Marques da Silva (ex-diretor de pessoal da AL), que já estavam presos por consequência da Operação Ectoplasma I, realizada no último dia 24. Abib Miguel tem preventiva decretada e Cláudio Marques da Silva não conseguiu a liberação porque, na primeira operação, também foi preso em flagrante por posse ilegal de armas.
O ex-diretor administrativo da AL José Ary Nassiff, que também já tinha sido alvo da primeira operação, foi incluído na segunda etapa das investigações. Nassiff tinha sido liberado da prisão preventiva na última quinta-feira, mas voltou para a prisão no sábado, por conta da Operação Ectoplasma II. Os três ex-diretores da AL estão entre os seis que permanecem presos.
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A Reportagem também apurou que os outros três presos são: Viviane Bastos Pequeno (que seria filha da atual esposa do contador de Abib Miguel, Douglas Bastos Pequeno); Derci Aparecida Schmitt (que estaria ligada à família Bastos Pequeno); e Eduardo Gbur (que, embora presente na lista de comissionados da AL, nunca teria trabalhado lá). A prisão temporária é por cinco dias, mas pode ser prorrogada, por igual período. Existem outros mandados de prisão pendentes, mas o número e os nomes das pessoas procuradas não foram divulgados.
Em entrevista ontem à FOLHA, o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, afirmou que o diretor da gráfica da AL, Luis Carlos Monteiro, disse em depoimento que apenas cumpria ordens. ''Ele contou que só fazia aquilo que era pedido e que ele sempre exigia que as ordens fossem feitas por escrito'', afirmou Batisti. Tais documentos estão de posse do Gaeco? ''Parte sim. Por conta da apreensão que fizemos na AL'', respondeu ele. O Gaeco apura, entre outras coisas, a edição de diários oficiais da AL avulsos, publicados na tentativa de esconder atos administrativos da Casa.