A vaga para senador na chapa governista - que nem sequer está montada, mas deve reunir PSDB, PFL, PPB e PSL - já virou motivo de briga acirrada nos bastidores da política. Enquanto o PFL cobiça o posto de vice ou o Senado na chapa encabeçada pelo PSDB para o governo do Estado, o pré-candidato a senador do PPB, deputado Tony Garcia, quer ser o único nome ao Senado da chapa.
A aliança tem direito a dois candidatos a senador. ''Mas para termos chance de vitória, tem que ser só um candidato. Do contrário, racha o tempo de televisão'', disse Garcia. O pepebista aposta que a oposição vai eleger um senador, e a situação outro.
Garcia reclamou ainda que o PFL ''não tem condições de impor indicações'', porque está integrando uma composição onde o candidato principal é do PSDB, o vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa. ''As vagas serão preenchidas de acordo com o entendimento de todos'', completou. Garcia já tentou se eleger senador em 1990, mas não conseguiu.
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Para o líder governista na Assembléia Legislativa, Durval Amaral (PFL), a tese de uma candidatura própria de seu partido ao Palácio Iguaçu é assunto superado. O deputado preferiu não citar nomes para vice-governador ou senador, alegando que ''ainda é cedo''.
Amaral faz parte da corrente que defende a repetição no Paraná da coligação governista nacional. Essa ala bate de frente com os projetos políticos do deputado federal Rafael Greca, pré-candidato ao governo do Estado. O outro pré-candidato pefelista à sucessão estadual, o ex-secretário do Desenvolvimento Urbano Lubomir Ficinski, já admitiu que aceitaria ser vice de Beto. Podem tentar o Senado pelo PFL a vice-governadora, Emília Belinati, e o vice-presidente da sigla, Abelardo Lupion.
O presidente estadual do PPB, deputado José Janene, prometeu defender a candidatura de Tony Garcia ao Senado, mas avaliou que é prematuro discutir a chapa antes da definição da coligação. Janene afirmou que vai conversar em breve com o ex-ministro e ex-senador José Eduardo de Andrade Vieira, que pode ser candidato ao governo pelo partido.
Os partidos esperam a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que define nesta quinta-feira a manutenção ou não da verticalização das coligações nas eleições de outubro.