O secretário de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia do Estado, Ramiro Wahrhaftig, afirmou ontem que, ao contrário do que ocorreu na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), o governo não pretende decretar uma intervenção na Universidade Estadual de Londrina (UEL) por conta das denúncias de corrupção envolvendo o reitor Jackson Proença Testa. Ramiro destacou que, legalmente, a universidade tem autonomia e é o Conselho Universitário que deve tomar as medidas que entender necessárias.
Na última sexta-feira, a comissão especial formada pelo Conselho Universitário para apurar as denúncias apresentou o relatório final dos trabalhos. O grupo listou 16 irregularidades, incluindo a primeira denúncia feita pelo apresentador de TV Márcio Mello, indicando estorno de verba publicitária.
Ramiro destacou que a autonomia foi definida pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1997, e pela própria Constituição Federal. ''E é a primeira vez no país, desde a LDB, que ocorrem problemas relativamente sérios com reitores'', observou. Segundo ele, no caso da Unioeste foi necessária a intervenção porque as denúncias eram de fraude em concurso público - o que provocaria um ato posterior do governador Jaime Lerner (PFL), ou seja, a nomeação dos concursados.
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Já no caso da UEL, acrescentou, não há ato subsequente do governador. ''O que vai acontecer está restrito às decisões do Conselho Universitário. E vamos respeitar essas decisões.'' Sobre um eventual pedido de afastamento de Testa, o secretário ponderou que o governo mantém a mesma posição ''desde que (as decisões) tenham amparo legal.''
Leia mais em reportagem de Lúcio Horta, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste domingo