O avanço da reforma previdenciária na Câmara reacendeu a discussão sobre a necessidade de uma troca de cadeiras na Esplanada dos Ministérios e em outros escalões da máquina federal. O painel de votação mostrou que nem tudo são flores na base aliada, ávida por cargos e verbas do Orçamento.
Para conter a rebeldia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado aos chorões, por intermédio do ministro da Casa Civil, José Dirceu: no casamento com o PT, não há espaço para traição. ''Não tem fidelidade de 90%. Ou é 100% ou está do outro lado'', diz o presidente.
Apesar do aviso pragmático, Lula parece não tem pressa para mexer no primeiro time. Acha que a reforma ministerial tem de ser feita de uma vez só, no fim do ano, depois que a proposta tributária passar pelo crivo do Congresso.
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Se dependesse dos interlocutores políticos de Lula, o PMDB e o PP teriam assento na equipe até o fim do mês, já que a votação da Previdência será concluída em primeiro turno nesta semana. O argumento usado é que, sem eles, o governo não teria nem mesmo passado no teste da terça-feira, enfrentando um batalhão de servidores públicos.
''Nos próximos quinze dias vamos zerar o processo de nomeações nos Estados'', conta o secretário de Organização do PT, Sílvio Pereira, o homem encarregado pelo Palácio do Planalto de mapear os cargos federais de Norte a Sul.