A composição do novo conselho de administração da Petrobras, anunciada ontem, não deixa dúvidas de que a definição da política estratégica da estatal será ditada diretamente pelos principais integrantes do governo Lula. O conselho, que decidirá os rumos da maior empresa brasileira, terá entre seus sete membros os dois principais assessores do presidente - os ministros da Fazenda, Antônio Palocci, e da Casa Civil, José Dirceu -, além da ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, e do senador petista José Eduardo Dutra, que assumirá hoje a presidência da companhia.
A eles caberá a palavra final sobre a administração de um orçamento que, somente este ano, somará US$ 6 bilhões. O novo conselho conta ainda, na cota da União, com o general Gleuber Vieira, chefe das Forças Armadas. Os acionistas minoritários ficaram com apenas duas cadeiras: uma ocupada por Jorge Gerdau Johanpetter, representando os preferencialistas (detentores de ações sem direito a voto); e outra ocupada por Fábio Barbosa, presidente do banco ABN Amro, um dos nomes que estiveram cotados para assumir o Banco Central antes da escolha de Henrique Meirelles. Barbosa representa as ações ordinárias, ou seja, com direito a voto.
A data da assembléia de ontem foi marcada no mês passado pelo presidente Francisco Gros, que entrega o cargo hoje. Devido à urgência para a composição do conselho até o primeiro dia útil de sua gestão, o governo optou por deixar duas cadeiras vagas, que eram ocupadas por representantes dos minoritários. Segundo o atual diretor financeiro, João Nogueira Batista, os novos conselheiros podem ser indicados na próxima assembléia, no dia 27 de março.
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