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Governo vai trabalhar para recompor a base

Maria Duarte - Folha do Paraná
22 ago 2001 às 11:58

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Vidraça do Tribunal de Justiça, quebrada durante o confronto de anteontem entre PMs e manifestantes - José Suassuna - Folha do Paraná
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Com a derrubada do primeiro projeto de iniciativa popular da história do Legislativo paranaense, a pauta da Assembléia não deve trazer outros temas polêmicos até o final do ano. As matérias mais importantes que aguardam votação são o novo plano de saúde dos servidores estaduais elaborado pelo Palácio Iguaçu, a agência reguladora de energia elétrica, e o abono de R$ 100,00 que o governo prometeu aos policiais militares.
A vitória do governo, garantindo, em tese, o cronograma de privatização da estatal de energia, foi comemorada pelos aliados do Palácio Iguaçu. O leilão de venda está previsto para o dia 31 de outubro. O governo, no entanto, sofreu baixas na base de sustentação e terá que trabalhar para recompor a bancada que lhe dá sustentação. A oposição perdeu a queda-de-braço na Assembléia, mas saiu fortalecida do processo. Garantiu os holofotes durante a votação, em defesa do projeto popular.
O líder do governo, Durval Amaral (PFL), respirou aliviado depois da votação, encerrada por volta das 0h30 de ontem. "Trabalhamos incansavelmente", desabafou. Ele contabilizou as baixas na base de sustentação ao governo: dos tradicionais 40 aliados, o número caiu para 27 no caso Copel. "O projeto popular dividiu corações. Alguns migraram (para a oposição), mas vamos trabalhar para reconstruir a base".
A venda da Copel serviu como divisor de águas. "Os que votaram conosco neste momento delicado serão prestigiados", disse Amaral. O governo sabe que precisará, para aprovar outros projetos, dos votos dos desertores que votaram com a oposição no caso Copel. Amaral já havia adiantado que os deputados precisam assumir o "ônus e o bônus" de serem governo. Aliados antigos do governo, como Marcos Isfer (PPS) e Algaci Túlio (PTB), não compõem mais a base.
O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PTB), afirmou que o projeto popular mudou o panorama dentro da Casa. "A oposição se fortaleceu. As disputas serão mais acirradas daqui em diante", avaliou.
O líder da oposição, Waldyr Pugliesi (PMDB), lamentou a derrota. "É lamentável e dramático que o primeiro projeto popular tenha esse resultado. É uma coisa terrível. Quem perde é o povo do Paraná".
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