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Grampos: Comissão inocenta Guelmann e Vieira

Redação - Folha do Paraná
06 jul 2001 às 19:34

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O secretário de Segurança Pública, José Tavares, apresentou a conclusão dos trabalhos da comissão de alto nível que investigou supostas escutas telefônicas ilegais em repartições públicas do Estado. Como já era esperado, a comissão inocentou o chefe da Casa Militar, coronel Luiz Antônio Borges Vieira, e o secretário especial da chefia de gabinete do governador Jaime Lerner (PFL), Gerson Guelmann. No entanto, a comissão não poupou críticas à Telepar Brasil Telecom, acusada de manter um sistema vulnerável a grampos.

No relatório final do promotor Vani Bueno, é recomendado que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) seja comunicada para cobrar da Telepar "a criação de mecanismos" que possam assegurar a privacidade dos seus clientes.

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O ex-presidente da Telepar, Jorge Moraes de Jardim Filho, também foi responsabilizado, por ter determinado a desativação dos grampos no telefone 352-7578, número do gabinete da ex-secretária de Administração, Maria Elisa Paciornik, que em setembro de 1999 descobriu o esquema.

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"O trabalho do Instituto de Criminalística (...) não conseguiu apurar a autoria nem a materialidade, vez que os vestígios foram antes destruídos, face a ação daquele presidente", escreveu Bueno no relatório.

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O promotor anunciou que vai estudar a possibilidade de impetrar uma ação civil pública contra a Telepar e Jardim Filho. Ele também defendeu que o cabo da PM Luiz Antônio Jordão, o soldado Afrânio de Sá e o técnico em telefonia Gilberto Maria Gonçalves também sejam responsabilizados administrativamente.


Jordão, Sá e Gonçalves ocupavam cargos de confiança na Casa Militar e foram acusados de manterem, nas horas de folga, atividades de espionagem por meio de grampos telefônicos.

Os nomes dos três vieram à tona quando o instalador João Batista Cordeiro foi preso em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, grampeando telefones da Companhia Distribuidora de Petróleo Ocidental. Cordeiro disse que agia sob ordens dos três funcionários da Casa Militar. Estes, por sua vez, denunciaram a existência de um esquema de escuta clandestina comandado pelo Palácio Iguaçu.


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