O governador Jaime Lerner saiu em defesa de seu amigo pessoal e secretário especial da Chefia de Gabinete, Gerson Guelmann, ao dizer que "é maldoso afirmar que há envolvimento" do secretário no esquema de
espionagem telefônica no governo, uma vez que todas as pessoas envolvidas já prestaram esclarecimentos ao governo, desmentindo essa participação. Ele garantiu que, pelo menos por enquanto, não pretende afastar o chefe da Casa Militar, coronel Luis Antonio Borges Vieira, também acusado de participar das escutas telefônicas.
"A questão dos grampos é um caso de polícia, que está fazendo uma investigação profunda sobre o caso", afirmou Lerner. O governador disse que "não vai sossegar" até que sejam apontados os envolvidos nas escutas. Além das investigações policiais, as denúncias de grampos telefônicos em gabinetes de secretários de Estado e em comitês de campanhas eleitorais de adversários políticos do Palácio Iguaçu também estão sendo investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Telefonia (CPI) da Assembléia Legislativa.
Lerner reafirmou que as denúncias de envolvimento de membros do Palácio Iguaçu em escuta telefônica clandestina fazem parte de uma "ação política" no sentido de desmoralizar o governo. "Esse assunto é ridículo, pois envolve duas empresas particulares, situadas a 30 quilômetros do Palácio e não tem relação nenhuma com o governo. É um assunto da Secretaria de Segurança Pública e devia ficar retido lá".
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