Apesar do embargo econômico de mais de 40 anos que impede a entrada de variados produtos, Cuba se preocupa com a segurança alimentar de seus habitantes.
Ao menos é o que diz o ministro José Graziano, da Secretaria de Segurança Alimentar, que integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a visita a Cuba.
Segundo ele, algumas experiências, como os microcréditos concedidos a donas de casa na montagem de restaurantes caseiros, os chamados "palatares", e os cartões de distribuição de alimentos, os "libritos", são iniciativas que podem ser levadas ao Brasil.
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Há 10 anos, a produção cubana se restringia praticamente aos canaviais voltados para a importação. Com a entrada das nações soviéticas como forte concorrentes, Cuba perdeu seu posto como grande produtora de açúcar.
"Isso não foi de todo o mal. Assim, a ilha teve de fazer grande conversão produtiva nas áreas canavieiras passando a produzir alimentos para o consumo interno", explica Graziano.
A partir de então, pequenos produtores passaram a fornecer alimentos direto às famílias, que começaram a montar restaurantes caseiros nos quintais e garagens de suas casas.
"Cada uma abastece cerca de 5 ou 6 famílias vizinhas contando com créditos concedidos pelo Estado para montar o negócio", conta Graziano.
A chegada de Lula à capital cubana estava prevista para as 11 horas (13 horas de Brasília).