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Revolta!

Grupo faz protesto em frente à casa de Bolsonaro, no Rio

Agência Estado
24 abr 2016 às 13:25

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- Wilson Dias/ Agência Brasil
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Cerca de 50 pessoas realizaram na manhã deste domingo (24) um ato contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), na frente de sua casa, na Barra da Tijuca, no Rio. O grupo ligado ao movimento estudantil Levante Popular da Juventude, carregava faixas e cartazes contra o parlamentar e o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Os manifestantes criticaram o discurso do parlamentar na votação do impeachment, no último domingo, em que Bolsonaro homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador na ditadura militar.

Os manifestantes picharam a rua com a frase "Bolsonaro Golpista", mesma frase escrita em uma faixa erguida pelo grupo. Nos cartazes, as caricaturas representavam Jair Bolsonaro com o símbolo da suástica, utilizado por grupos nazistas. Com carros de som e instrumentos musicais, o grupo também encenou o discurso do parlamentar, caracterizado como o líder nazista Adolf Hitler.

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"Estamos aqui contra o discurso de ódio fascista. Sabemos que ele é o que há de mais podre na política brasileira, a ponta de lança do fascismo. Não vamos nos calar" , afirmou a manifestante Isis Araújo, em vídeo publicado na página do movimento estudantil na internet.

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Os manifestantes marcharam pela orla em frente ao condomínio do parlamentar, chamado de "Bolsomonstro", "rato" e "golpista", em referência ao seu apoio ao impedimento da presidente.

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Em seu perfil no Facebook, o deputado se manifestou sobre o movimento em frente à sua casa. "Meu condomínio está cercado por simpatizantes do PT. Estão ameaçando invadi-lo. Espero que não cometam essa loucura", escreveu Bolsonaro.


Durante a votação do impeachment, no último domingo, Bolsonaro declarou voto pela "memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff".

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A conduta do parlamentar na votação é alvo de questionamentos da OAB junto ao Supremo Tribunal
Federal (STF) por violação dos direitos humanos. O caso também é investigado pelo Ministério Público Federal.


Ustra chefiou o Doi-Codi de São Paulo entre os anos de 1971 e 1974. O órgão era responsável pela repressão a militantes contrários à ditadura militar. Morto em 2015, Ustra foi o primeiro militar a responder um processo de tortura durante a ditadura. Ele é apontado como torturador da presidente Dilma, que na época militava em organizações clandestinas.


O grupo Levante Popular pela Juventude é o movimento que realiza, desde a quinta-feira, atos contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). Os atos, conhecidos como escracho, visam ao constrangimento dos políticos favoráveis ao processo de impeachment e à ditadura.

Os manifestantes realizaram o ato em frente à casa de Temer, em São Paulo, na quinta-feira. Em reação ao protesto, o vice-presidente antecipou a viagem de volta à Brasília - Temer saiu do local agachado no carro para evitar abordagens. No dia seguinte, entretanto, cerca de 150 manifestantes realizaram novo ato no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, em Brasília. No local, os ativistas alteraram placas de sinalização com faixas com a inscrição "QG do Golpe".


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