A mesa executiva da Assembléia Legislativa foi empossada oficialmente prometendo mais democracia e independência. O presidente Hermas Brandão (PTB), que ficará pelos próximos dois anos no comando da Casa, disse que será um período de "muito trabalho, responsabilidade e compromisso com o Estado".
Os demais componentes da mesa são Elio Rusch (PFL), na primeira vice-presidência; Irineu Colombo (PT) na segunda vice e Augustinho Zucchi (PSDB) na terceira vice. Valdir Rossoni (PTB) fica na primeira secretaria; Antônio Annibelli (PMDB) como segundo secretário; César Seleme (PPB) na terceira secretaria; Edno Guimarães (PSL) na quarta e Nelson Garcia (PFL) na quinta.
A sessão solene foi apenas de abertura dos trabalhos e não houve votação.
Na avaliação dos próprios deputados, tanto governistas quanto oposicionistas, Brandão começou bem o mandato. Adotando uma postura democrática, resolveu que a pauta de votações será elaborada com a participação dos líderes dos partidos - atribuição que era apenas do presidente. Além de deputado estadual, Brandão já foi prefeito de Andirá (entre 1977/82) e secretário estadual da Agricultura (95/98).
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Os deputados acreditam que a base de apoio ao governador Jaime Lerner (PFL) sofrerá baixas. Na avaliação de Tony Garcia (PPB), por ser um ano pré-eleitoral, os deputados serão cuidadosos ao votar as matérias para evitar desgastes. "Questões polêmicas serão muito bem discutidas. Os deputados estarão pensando nos reflexos nas eleições", ponderou.
O líder do governo, Durval Amaral (PFL), entretanto, aposta que a base aliada vai continuar com cerca de 40 deputados durante este ano. Amaral admite que a partir de julho começarão as definições partidárias, mas confia em uma "base sólida". A oposição promete ser "mais arrojada" este ano. A definição é do deputado Nereu Moura, líder do PMDB na Casa. "Vamos cobrar mais transparência do governo", afirmou.
Lerner, que participou da cerimônia de posse, fez um balanço de seu governo. Com um pronunciamento otimista, o governador apontou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, que triplicou nos últimos seis anos. "Saímos de R$ 21 bilhões em 94 para R$ 70 bilhões no ano passado". A projeção do Palácio Iguaçu é que nos próximos dois anos o PIB chegue a R$ 84 bilhões, correspondendo a 6,7% do PIB nacional.
O governador atribui o resultado à industrialização do Estado, que recebeu 600 novas indústrias nos últimos seis anos. Lerner prometeu também transparência, exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal. "A cada quatro meses será apresentado o relatório de Gestão Fiscal, assinado pelos chefes dos Poderes Executivos, Legislativo e Judiciário, e do Ministério Público". No relatório, estarão comparadas as receitas com os gastos de pessoal e com a dívida.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira