Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), José Carlos Pereira, admitiu hoje (12) que os recursos atuais não são suficientes para atender o aumento de demanda de passageiros (15% ao ano) e o aumento de carga área (6% ao ano).
"Os recursos são suficientes para manter o status quo. Não temos recursos para nos mantermos mais a frente. Temos nos mantido ligeiramente empatados com a demanda", reconheceu Pereira, que começou a depor às 9h20. Segundo ele, a principal dificuldade no sistema aéreo brasileiro é o planejamento. As informações são da Agência Brasil.
O presidente da Infraero criticou a ausência de um plano aeroviário nacional, que começou a ser feito agora, mas estava em negociação desde 2003. De acordo com ele, a situação da Infraero não permite mais adiamento no pagamento da dívida de empresas aéreas. A dívida da Vasp estaria em torno de R$ 857 milhões e, da Transbrasil, R$ 248 milhões.
Leia mais:
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Apesar dos problemas, Pereira mais uma vez se posicionou contra a desmilitarização do tráfego aéreo ou a duplicação do sistema de controle, com a instalação de radares militar e civil. "A desmilitarização não tem o poder de transformar algo em eficiente e seguro. O acidente teria acontecido do mesmo jeito. É preciso aumentar a eficiência e melhorar as condições de trabalho. É necessário formação de pessoal, criação de liderança. E há um problema salarial, sem dúvida."