O ex-deputado André Vargas (sem partido-PR) e dois de seus irmãos - um deles preso pela Operação Lava Jato na sexta-feira, a exemplo do ex-parlamentar - estiveram 28 vezes em escritórios do doleiro Alberto Youssef, peça central do esquema sob investigação. As visitas ocorreram em São Paulo, entre junho de 2011 e fevereiro de 2014.
O dado consta de um documento com análise das visitas monitoradas nas portarias dos prédios em que Youssef tinha escritórios. Um fica na Avenida São Gabriel, na zona sul, em nome da empresa JPJPAP Assessoria e Participações, e outro na Avenida Paes de Barros, região leste, em nome da empresa GFD.
Vargas é suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro em quatro frentes que envolvem contratos da Caixa Econômica Federal, Ministério da Saúde e Petrobras. O ex-deputado visitou pelo menos quatro vezes o escritório que Youssef mantinha na São Gabriel, entre junho e dezembro de 2011. Neste ano, a IT7 Soluções - uma das três empresas controladas pelo ex-parlamentar - faturou R$ 48 milhões, principalmente de órgãos de governo.
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Relatório da Polícia Federal mostra que Leon Vargas, irmão do ex-deputado preso na sexta-feira, foi o que mais esteve no escritório de Youssef. Foram 18 visitas entre abril de 2013 e fevereiro de 2014.
A defesa do ex-deputado nega qualquer envolvimento com irregularidades. Seus advogados querem o relaxamento da prisão do ex-parlamentar.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.