Para convencer os senadores da oposição a votarem a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Bancária (CPMF) até 2011, a base governista acena com a possibilidade de elevar a faixa de isenção da contribuição. Inicialmente, os governistas haviam proposta isentar do pagamento da CPMF os trabalhadores que ganhassem até R$ 1.200.
Mas a oposição já descartou essa proposta. Além disso, a vantagem oferecida é mínima, quase nada, em relação ao que já existe. Hoje, trabalhadores que recebem até três salários mínimos (R$ 1.140) já são isentos da CPMF. Essa isenção é dada na redução da alíquota da contribuição previdenciária -que cai de 7,65% para 7,27 para quem ganha até R$ 868,28; e de 8,65% para 8,27% para rendimentos até R$ 1.140.
Para sinalizar que o governo está disposto a negociar, o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), disse que a faixa de isenção pode subir para R$ 2.500.
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''Eu acho que até R$ 2.000, R$ 2.500 de isenção, o impacto fica administrável. Vai pagar quem tem mais condições de pagar. Esse modelo de isenção já tem no Imposto de Renda'', afirmou Raupp.
Os líderes governistas querem debater com a equipe econômica a redução de 0,02 ponto percentual em 2008 e de 0,03 ponto percentual em 2009 e 2010. Com isso, a alíquota cairia para 0,30% até o final do segundo mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.