Em entrevista à Folha de Londrina, por telefone, o vereador Joel Garcia (PDT) negou as acusações feitas contra ele nas três ações movidas ontem contra ele pelo Ministério Público; ele também se disse inocente da suspeita de compra de votos, cuja investigação ainda está em curso.
"Isso é armação para me prejudicar. Essa jovem que estão dizendo vivia no gabinete do (Roberto) Fu (PDT); o próprio Carlos Neves (chefe do Procon) trabalhava no gabinete do Fu. Uma única vez ela passou e me pediu para arrumar uma vaga para ela; falei com o Carlos no tal churrasco, mas não sabia que era por seleção", defendeu-se.
O vereador acrescentou ainda: "Se emiti algum parecer contrário em projeto de interesse do Procon, é porque veio do Executivo com alguns erros e uma ilegalidade; a CCJ fez um substitutivo e deu um parecer favorável. Enfim, isso e o que estão dizendo de votos que na verdade não comprei, não passam de conversa fiada do prefeito, palavras ao vento. E de uma árvore envenenada, os frutos são envenenados'', comparou.
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Além do prefeito Barbosa Neto (PDT), servidores municipais da Câmara e da Prefeitura, a grande maioria em cargos de confiança, integram o rol de testemunhas das ações de concussão e improbidade administrativa referentes à tentativa do vereador de nomear uma ex-cabo eleitoral no Procon, mediante ameaças de dificuldades ao Executivo.
Segundo os promotores do Gaeco, contudo, documentos comprovando pareceres negativo e favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) - presidida pelo denunciado - da Casa, mais a convergência entre o que essas testemunhas e mais a universitária disseram, teriam consubstanciado o material protocolado já no Fórum de Londrina.
"Há assessores parlamentares no rol de depoentes, mas não como reforço do fato principal: é todo um contexto que foi se amarrando. O Ministério Público não se permite ser utilizado indevidamente; está tudo contextualmente, absolutamente alicerçado", defendeu o promotor Renato de Lima Castro.