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Debate sobre redução

Jovens criticam propostas e pedem mais participação

Mariana Franco Ramos - Equipe Bonde
20 mai 2013 às 15:51

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- Theo Marques
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Um grupo de 40 jovens aprendizes do ProAção Irmã Eunice Benato, unidade social do Grupo Marista que atende moradores da Vila Torres, em Curitiba, se dedicou no último mês a debater propostas de redução da maioridade penal.

De acordo com a arte-educadora Fernanda Terra, o resultado das discussões foi apresentado na semana passada, em um seminário sobre juventude.

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"A gente pensou não em trabalhar uma ideia formada, mas em trazer alguns conceitos, algumas realidades, como políticas públicas existentes, para que eles tivessem uma consciência crítica e formulassem suas próprias opiniões", explica. Dos integrantes da turma, 37 se posicionaram contra a redução e três disseram ser a favor ou ainda não ter uma opinião formada.

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"Estou em dúvida. Eu conheço muitos jovens infratores e vejo que a maioria faz isso por escolha. Eles têm que pagar. Só não dessa forma tão drástica, de ir para a cadeia como os adultos que cometem chacinas", diz Cleison da Silva Vieira, de 16 anos.

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Para Ana Caroline dos Santos Paulino, também de 16, os adolescentes têm a vida inteira pela frente e, por isso, não deveriam ser levados para prisões comuns. "Querem colocar a gente ali, com 16 anos, sem personalidade formada, junto com um homem de 30 anos, que tem 20 homicídios nas costas. E o que a gente vai aprender? Aquilo que a gente está vendo. Quando sair dali, é aquilo que o jovem vai transmitir para a sociedade", opina.


Daniel Machado, de 17 anos, pede mais investimentos em educação. "Sou contra porque o governo cria leis para aumentar as cadeias, mas não vai à favela visitar, levar uma cesta básica, ou à escola saber o que está faltando", afirma.

"Se não tem lei para polícia corrupta, por que vai ter lei para prender o jovem?", questiona Matheus Henrique Ferreira Melo, de 16 anos. Ele critica a falta de espaço dos jovens no debate sobre o tema. "Existe bastante preconceito contra a juventude. A sociedade julga, acha que jovem é aquela pessoa drogada, que não quer saber de nada. Mas nem todos são assim".


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