Uma junta composta por quatro médicos do Senado está de plantão em uma sala localizada no sub-solo da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, caso seja necessário atender o ex-secretário-geral do PT, Sílvio Pereira. A sessão para ouvi-lo começou próximo ao meio dia. O presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), esclareceu que a junta médica foi chamada a pedido dele.
"Solicitei essa junta para ficar no plantão porque, se falarem de atestado médico, (para Silvio Pereira) a junta médica vai examiná-lo. Não há nenhum fato novo em relação a isso". O senador disse também que espera que o depoimento de Silvio Pereira seja tranqüilo. "Espero tudo. E esse tudo quem sabe é o Silvinho".
A senadora Ideli Salvati (PT-SC), disse que não tem intenção de pedir que a junta médica examine Silvio Pereira, mas que a CPI deveria avaliar essa questão. "Não sei como vai ser. Até porque qualquer depoimento tendo sido dado em condições precárias de saúde poderia fazer com que nada tenha validade".
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Já o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que a possibilidade de pedir para que a junta médica do Senado analise as condições de saúde de Silvio Pereira antes do depoimento era "uma bobagem". "Uma atitude precipitada de quem tem medo de ouvir coisas que não gostaria de ouvir".
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, negou no início da noite desta terça-feira (09) o pedido liminar feito pelos advogados de Silvio Pereira para que ele não fosse obrigado a prestar depoimento na sessão da CPI dos Bingos marcada para hoje. Os advogados de Sílvio Pereira tinham protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de medida liminar, em habeas-corpus, para que ele comparecesse à CPI. Entre os motivos alegados pelos advogados, estão as condições de saúde do ex-dirigente e o fato de a intimação ter ocorrido em período inferior a 48 horas antes do depoimento.
Alegando estresse pós-traumático, Silvio Pereira recorreu ao STF pedindo para o tribunal ampliar os efeitos da liminar concedida em novembro de 2005 que garantia a Pereira o direito de ficar calado no depoimento. A convocação de Pereira foi feita após a entrevista dada por ele para o jornal ‘O Globo’. Na reportagem, ele disse que o empresário mineiro Marcos Valério de Souza queria arrecadar R$ 1 bilhão até o final do governo Lula junto a empresas que mantém contratos com o governo.
Informações da ABr e Folhapress