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Justiça anula intervenção no PSDB do Paraná

Maria Duarte - Folha do Paraná
18 set 2001 às 21:01

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A Justiça de Brasília anulou a nomeação da junta interventora que comanda o PSDB no Paraná, presidida pelo deputado federal Basílio Villani. A decisão, em caráter liminar, foi assinada pelo juiz Demetrius Gomes Cavalcanti, da 4ª Vara Cível de Brasília.

A ação foi elaborada pelos aliados do senador Alvaro Dias (PSDB), em nome de Edson Gradia (assessor de Alvaro), com apoio do deputado federal Luiz Carlos Hauly, que ocupava a presidência do ninho tucano estadual antes de Villani. O grupo de Villani vai recorrer. Os alvaristas pedem ainda, em outra ação que tramita na 5ª Vara Cível de Brasília, a anulação da dissolução do diretório estadual.

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Nesta quarta-feira, pode ser reformulada a composição da junta, que deve contar com os nomes do presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PTB), e do vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Beto é filho do ex-governador José Richa, fundador do PSDB.

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Apesar da batalha jurídica envolvendo os dois grupos políticos, Alvaro deixa o PSDB. Ele pode anunciar nesta quarta-feira seu novo partido. Nesta terça-feira, ele e o senador Osmar Dias (sem partido), seu irmão, tinham reunião marcada para o início da noite com o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, e com o presidente estadual da legenda, Nelton Friedrich.

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Brizola estaria interessado no ingresso dos dois irmãos, e não apenas um. Ele não quer que o partido sirva apenas como apoio a outra legenda. Alvaro conversou com peemedebistas, pela manhã. Seus aliados consideram difícil que o senador opte pelo PMDB, partido presidido no Paraná pelo senador Roberto Requião. Alvaro pode ainda optar pelo PSB.


As articulações em torno do PSDB - que está sob o domínio do ex-governador José Richa e do diretor brasileiro da Itaipu Binacional Euclides Scalco - abrem as portas do partido para integrantes do grupo do governador Jaime Lerner (PFL). Diversos secretários filiados ao PTB (principal partido de apoio ao governador) devem deixar o partido para se filiar ao PSDB, movidos por pretensões eleitorais.

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Os comentários no Legislativo davam conta que o secretário da Agricultura, Antonio Poloni, encabeça a lista dos que devem pedir desincompatibilização do governo. Ele teria colocado o cargo à disposição de Lerner. Existiria uma recomendação de deixar o cargo para se dedicar ao novo partido.


Além de Poloni, devem deixar o Executivo o titular da Indústria e Comércio, Eduardo Sciarra; o secretário dos Transportes, Nelson Justus; o do Desenvolvimento Urbano, Lubomir Ficinski; o da Comunicação, Rafael Greca; e o chefe da Casa Civil, Alceni Guerra. Nelson Justus esteve reunido ontem pela manhã com Hermas Brandão - nome já considerado certo no ninho pelos novos tucanos. Justus disse, no entanto, que ainda não tomou uma decisão. " Não posso afirmar nada ainda", resumiu.

Os secretários que serão candidatos têm até outubro ou novembro para se desincompatibilizarem. A saída dependerá do leilão da Copel, marcado para 31 de outubro. Como os recursos não entram antes de um mês após a venda, a expectativa é que os secretários deixem as pastas por esse período.


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