O juiz Elsio Crozera acatou pedido popular e determinou a suspensão dos contratos envolvendo a prefeitura de Ibiporã e o Centro Integrado de Apoio Profissional (CIAP). Ao todo são cinco projetos em execução nas áreas de Agricultura, Esporte, Cultura e Serviços Sociais. Pelos serviços dos 58 profissionais, o Ciap recebe R$ 116 mil por mês.
Na decisão, o magistrado também determina o bloqueio de bens de todos os envolvidos na contratação da oscip, suspeita pelo desvio de R$ 300 milhões de verbas federais. Dentre os agentes municipais estão o prefeito José Maria Ferreira (PMDB) e a vice Sandra Moya (PT). Além deles contam também o secretário de Esportes, Jayme Lina, o secretário de Agricultura, Carlos Henrique Frederico, a secretária do Trabalho, Lourdes Aparecida Narcizo.
A Procuradoria do Município tenta reverter a decisão na Justiça. José Maria esclareceu que "tudo que foi feito até agora foi regular". Para ele, a decisão administrativa extrapalou para o judiciário. "O Ciap esta com problema e o problema atinge a todos. Quando fizemos a parceria, não sabíamos desses problemas. Claro que se soubessemos, não teríamos assinado o acordo", salientou.
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O peemedebista disse que ainda não foi citado oficialmente da decisão. Para ele, o bloqueio de bens pode ter conotação política. "Evidentemente que se você olhar a sistematização das coisas e como elas estão acontecendo, tem (conotação política). Não fui citado ainda. Quando for, vou explicar", concluiu. A Prefeitura de Ibiporã anunciou antecipação dos projetos com o Ciap e rescisão dos termos. O acordo vence no dia 26 de Novembro.