O procurador-geral de Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, informou nesta sexta-feira (9) ter instaurado inquérito civil para investigar suspeitas de que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM), teria praticado atos "ilícitos". Entre as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela TV Paranaense estão a de que ele participava de uma rede de apoio político que tinha como base a nomeação de pessoas para cargos comissionados.
Segundo a reportagem do jornal e da TV, muitas dessas nomeações eram publicadas em atos secretos, dificultando a fiscalização. A primeira medida foi a requisição de cópia dos atos de nomeação e de exoneração, dos contracheques e das fichas funcionais dos servidores lotados no gabinete da presidência da Casa.
Partidos políticos, como o PPS e o PV, além da seccional paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já pediram o afastamento de Justus da presidência da Casa enquanto as investigações estiverem sendo realizadas. Hoje, não houve sessão na Assembleia e Justus não foi encontrado.
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A diretoria de Comunicação da Assembleia divulgou apenas uma nota em que diz que desde janeiro de 2007 a Mesa Diretora iniciou um processo de transparência. Afirmou, ainda, que a Mesa determinou imediata apuração dos fatos denunciados, por meio de uma comissão de sindicância, e que está colaborando com a investigação do Ministério Público (MP). "A atual Mesa Diretora da Assembleia Legislativa não medirá esforços para que todas as denúncias sejam devidamente apuradas."