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Lerner continua apostando na venda da Copel

Maria Duarte e Carmem Murara - Folha do Paraná
23 fev 2001 às 09:22

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O governador Jaime Lerner (PFL) amenizou ontem a resistência da bancada de oposição na Assembléia Legislativa à venda da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Referindo-se ao fórum contra a privatização da estatal, realizado na quarta-feira na Assembléia, o governador disse que não vê revolta entre os deputados. "Tenho certeza de que serão suficienetemente esclarecidos para não se opor à venda", comentou Lerner, que participou de um evento na sede da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), em Curitiba.

A bancada de oposição - composta por 14 deputados - quer revogar a lei 12.355, que autoriza o governo do Estado a privatizar a companhia. Os deputados não se colocam contra a abertura de capital da empresa, mas não querem permitir que o controle acionário saia das mãos do Estado.

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A empreitada já conta com o apoio de deputados da base governista, como Algaci Túlio (PTB) e Marcos Isfer (PFL), que pretendem votar contra a privatização. O líder do governo, Durval Amaral (PFL) não acredita que a bancada aliada vá votar contra a venda. Ele já avisou que vai fazer tudo o que estiver a seu alcance para frustrar os planos da oposição.

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Para o governador, a desestatização do mercado elétrico nacional vai trazer tarifas menores para o consumidor, graças à competição entre as empresas privadas. Durante discurso, o governador disse que a desestatização da Copel vai encerrar um "período em que o povo do Paraná deu muito de seu trabalho, com impostos, para garantir a geração, em nossos rios, da energia de que o País necessitava". O secretário da Fazenda e presidente da Copel, Ingo Hubert, defende que as empresas privadas serão mais competitivas por terem acesso mais fácil a financiamentos. Na quarta-feira, o fórum oficializou a exigência de que Ingo Hubert deixe o cargo.

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O Palácio Iguaçu pretende vender a Copel ainda este ano. A oposição já arregaçou as mangas e está visitando o interior. "O apoio da população será fundamental neste processo. Estamos trabalhando para conscientizar as pessoas de que o Paraná vai sair perdendo com essa venda", declarou o líder da oposição, Orlando Pessuti (PMDB).


Está marcada para hoje, a partir das 9 horas, reunião do Fórum de Entidades contra a Privatização da Copel, no Plenarinho da Assembléia. O deputado José Maria Ferreira (PSDB) -único tucano da oposição- vai coordenar o encontro, que contará com a presença de representantes do Sindicato dos Advogados e Sindicato dos Engenheiros do Paraná. O tema principal é debater -e viabilizar o mais rápido possível- brechas jurídicas que permitam impedir a privatização. "Vamos usar todas as armas de que dispomos", avisou o tucano. Segundo ele, estão em andamento ações públicas, jurídicas, legislativas e políticas.

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O deputado Caíto Quintana (PMDB) destaca que a Copel é um bem público, que nenhum governo tem o direito de alienar. "É preciso defender um patrimônio de todos os paranaenses, os rios que devem ser racionalmente explorados em projetos que geram empregos e distribuição de renda."


O Estado é hoje o acionista majoritário da Copel, e detém 58,6% das ações ordinárias (que dão direito a voto). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem 26,4%. Em bolsa, o percentual é de 13,2%. São mais de 2,8 milhões de consumidores (78,4% residencial, 10,2% rural e 8,6% comercial).

Somente a Usina de Salto Caxias custou US$ 1 bilhão à Copel. A Usina de Salto Segredo custou cerca de US$ 900 milhões. A estatal possui 18 usinas em operação. Pesquisa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostrou que a Copel tem o maior índice de satisfação dos consumidores das empresas concessionárias de energia de grande porte (com mais de um milhão de consumidores).


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