O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta sexta-feira (11) a definição do nome do ministro da Educação Fernando Haddad como candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. O petista recebeu a visita, no final da tarde, dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Marco Maia e José Sarney, respectivamente.
Lula, segundo Maia, disse ainda que a tarefa agora do candidato petista é procurar os partidos da base aliada ao governo federal para formação de uma forte coligação em São Paulo. Ele destacou, entre os aliados, o PMDB e disse ver com bons olhos uma dobradinha entre PT e PMDB no primeiro turno da disputa municipal.
O presidente da Câmara relatou que ontem informou o ex-presidente, por telefone, que os pré-candidatos do PT, os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, haviam selado um acordo em um café da manhã, promovido em Brasília. "E hoje eu informei ao ex-presidente os detalhes da conversa", disse. "A reação dele foi de alegria, porque o ex-presidente sabe e entende que uma decisão tomada em São Paulo tem repercussão no restante do Brasil", acrescentou.
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Lula disse ainda que uma chapa PT-PMDB tem potencial para constituir uma aliança forte para a Prefeitura de São Paulo. "O ex-presidente vê com bons olhos e tem visto essa possibilidade no horizonte", afirmou Maia.
Na avaliação do petista, o ex-presidente está muito bem e vai de "vento em popa". Maia relatou ainda que, durante o encontro, ele se mostrou alegre e muito disposto, apesar dos efeitos da primeira sessão de quimioterapia realizada na última semana. O petista ressaltou que o tratamento médico tem efeitos no ânimo e no humor do paciente, e citou como exemplo a perda gradual do paladar. "Ele está pensando até em comer uma boa picanha gorda, mas disse que vai fazer isso só quando estiver completamente recuperado da primeira sessão de quimioterapia", contou.
No encontro, que durou duas horas e meia, o ex-presidente tratou de assuntos da política nacional e dos efeitos da crise financeira mundial na economia brasileira. De acordo com Maia, Lula mencionou as recentes denúncias de corrupção no Ministério do Trabalho. "Nós não chegamos a entrar neste tema", disse Maia.
O ex-presidente também manifestou o desejo de voltar a realizar viagens internacionais e proferir palestrar. "Mas nós o aconselhamos que ele tem de se dedicar ao tratamento médico", afirmou o petista.