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A partir de janeiro

Lula vai se engajar em ações na África, diz londrinense

Agência Estado
22 nov 2010 às 21:37

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- Wilson Dias/ABr
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O Instituto Lula vai se dedicar principalmente a obras e ações na África, o continente mais pobre do planeta. Esse será um dos pilares da atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de janeiro, quando termina oito anos de mandato como chefe de estado. As informações são de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Carvalho garante que uma das opções avaliadas é o estabelecimento do Instituto em um edifício que será alugado na região do Ibirapuera, em São Paulo. "A ideia é depois adquirir o imóvel", disse. "O local será usado de memorial e também como plataforma política", explicou Carvalho.

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"Internamente, Lula deve acompanhar as reformas políticas no País. No exterior, seu alvo será mesmo o de ajudar a África", disse Carvalho que, ontem, explicou ao Vaticano os planos de Lula ao terminar o governo e que o interesse do presidente pela África "foi muito bem recebida pela Santa Sé".

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Lula terminará sua presidência sendo o chefe de estado brasileiro que mais viagens realizou pela África. Foram doze em oito anos. Segundo o chanceler Celso Amorim, a África, se tomada como uma unidade, já seria hoje o quarto maior parceiro comercial do Brasil no mundo.

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Os últimos anos foram marcados pela abertura de embaixadas do Brasil por vários países africanos e por uma constante rotina de visitas de presidentes africanos a Brasília. Na semana passada foi a vez do presidente da Zâmbia, Rupiah Bwezani Banda.


O Brasil também criou um escritório da Embrapa em Gana para ajudar no desenvolvimento agrícola da África, estabeleceu projetos de etanol no Senegal, Zimbábue e Tanzânia e passou a enviar alimentos e medicamentos para países como a Somália. Lula ainda escolheu Moçambique para sua viagem final como presidente, onde inaugurou uma fábrica de remédios genéricos.

A busca pela África não tem apenas motivos caritativos. Com 53 países, o continente é fundamental para uma eventual votação para determinar futuros membros do Conselho de Segurança da ONU. Com minérios e recursos naturais ainda inexplorados, o continente também é uma promessa de lucros para a Vale e Petrobrás. (com informações do jornal O Estado de S.Paulo)


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