A senadora Marta Suplicy (sem partido-SP) garantiu nesta terça-feira, 12, que lutará para manter seu mandato parlamentar. A executiva estadual do PT de São Paulo vai requerer na Justiça Eleitoral o mandato da senadora, que se desfiliou da sigla no dia 28 do mês passado, após 33 anos de militância. A decisão foi tomada por unanimidade pela Comissão Executiva Estadual do partido, em reunião realizada nessa segunda-feira (11).
"Lutarei, com todas as minhas forças, para a manutenção do mandato de senadora que o povo de São Paulo me conferiu", disse Marta, em nota divulgada em uma rede social. "Foi para melhor desempenhá-lo, e em nome de seu pleno exercício, que solicitei minha desfiliação ao Partido dos Trabalhadores", completou.
A senadora disse que sua luta se dará "em todas as instâncias judiciais e fora delas também". A ex-petista afirmou ter a certeza de que os mais de 8 milhões de eleitores que votaram nela "não serão frustrados em sua vontade e soberania popular". "Continuarei lutando pelos mesmos princípios que sempre nortearam minha vida, bem como minha atividade parlamentar oriunda da representação política de meu mandato", destacou Marta.
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Em um comunicado, o presidente do diretório estadual do PT paulista, Emídio de Souza, disse que Marta formalizou sua desfiliação do partido movida unicamente "por interesses eleitorais e desmedido personalismo", após sucessivas recusas em dialogar com a direção partidária sobre as razões das supostas insatisfações.
Em defesa do partido, Emídio diz que o PT nunca cerceou as atividades partidárias ou parlamentares da senadora. "Ao contrário disso, Marta Suplicy foi sucessivamente prestigiada ao longo dos anos, com o apoio da militância e das direções, sendo eleita deputada federal, prefeita, senadora e nomeada duas vezes ministra de Estado".