O jornalista e ex-agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Jairo Martins afirmou nesta terça-feira (05), durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, que ele e o empresário Artur Washeck sempre tiveram interesse em divulgar à imprensa o conteúdo da fita que flagrou o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, recebendo R$ 3 mil e falando sobre um suposto esquema de corrupção na estatal.
Martins, que seria o responsável pelo equipamento de gravação, disse ainda que seu interesse em fazer a gravação foi jornalístico.
Em seu depoimento na CPI, Wascheck afirmou que não desejava a divulgação das gravações para a imprensa. Martins pediu que a reunião de hoje fosse secreta, mas a CPI decidiu manter a audiência pública.
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Em resposta a questionamento do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da CPMI dos Correios, Martins afirmou que recebeu como pagamento do serviço de gravação nos Correios a própria maleta usada na operação. Quando depôs na CPI, o empresário Arthur Wascheck disse ter pagado pelo serviço.
Devem ser ouvidos ainda hoje os depoimentos de José Fortuna Neves, ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI), que afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigava os Correios a pedido da Casa Civil, e Edgar Lange, agente da Abin conhecido como "Alemão" que, de acordo com Fortuna, é quem teria contado a ele sobre a participação da Casa Civil nas investigações.
Fonte: Terra