A crise no Senado tomou caráter partidário. Após uma série de representações protocoladas pelo PSDB contra o senador e presidente da Casa, José Sarney (PMDB - AP), no Conselho de Ética, o PMDB resolveu contra-atacar. O partido anunciou que fará segunda-feira uma representação contra o senador Arthur Virgílio (PSDB - AM), numa denúncia por quebra de decoro parlamentar.
Nesse pé de guerra, o portal Terra informou que, preocupados, as lideranças dos dois partidos começaram um movimento para intervir que a crise interfira nas alianças nos Estados e conversas em âmbito nacional para 2010.
A posição do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, é que a questão do Senado não é do PMDB nem do PSDB, mas do Senado. Ele disse tratar-se de fazer o Conselho de Ética funcionar e de dar rigorosamente satisfação à opinião pública.
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Segundo apurou o Terra, um estremecimento entre o PMDB e o PSDB não interessa aos pré-candidatos tucanos à Presidência, pois sabem a importância do apoio do PMDB, maior partido do País, nas eleições do ano que vem. Embora seja um aliado estratégico do governo.
Apesar do discurso cauteloso do presidente tucano, um aliado de Sarney declarou que o ataque partidário contra uma pessoa com a importância do presidente do Senado pode ferir o brio do peemedebista.
Um exemplo é o que declarou hoje o senador Arthur Vírgilio em entrevista ao Terra Magazine. Ao ser questionado sobre a representação que o senador Renan Calheiros prometeu fazer na segunda-feira contra ele e se parecia que Renan tem cartas na manga, Vírgilio respondeu:
"O que ele sabe de mim? Pode entrar à vontade. Muita gente mistura tudo e parece que tem 200 escândalos diferentes. Não tem escândalo nenhum. Eu sou o inimigo deles. Eles faltam com ética quando eles selecionam inimigos. Imagine se esse pessoal, que desvia dinheiro público, pendurado nas estatais, parasitas da República, tem condição de arbitrar como dirigentes da ética. É uma coisa que não se sustenta. Então, só a retaliação já mostra que eles têm uma cabeça de Camorra, máfia napolitana. O que não é o meu caso. Eu quero ser o promotor que prende a máfia. (Com informações do portal Terra e do Terra Magazine)