O prefeito Nedson Micheleti (PT) sairá em licença entre os dias 12 e 21 de outubro, período em que a Prefeitura de Londrina será chefiada interinamente pelo presidente da Câmara Municipal, Sidney de Souza (PTB). O vereador assumirá o posto porque o vice-prefeito Luiz Fernando Pinto Dias (PT) estará em viagem pelo Japão na comitiva que efetua contatos para as comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil, o Imin 100.
Este é o terceiro afastamento de Nedson desde dezembro do ano passado - de lá para cá, ele transferiu o cargo ao então presidente do Legislativo, Orlando Bonilha (PR), e a Luiz Fernando. De acordo com o prefeito, a viagem do vice e a tradição de empossar representantes do Legislativo justificam a licença de nove dias. ''É uma forma de prestigiar o Legislativo. Tenho feito isso desde meu primeiro mandato (2001/2004), e, como 2008 é ano eleitoral, ele (Sidney) ficaria impossibilitado de assumir, ou ficaria inelegível'', disse. Conforme o Nedson, não seria dada ''nenhuma recomendação especial'' a Sidney.
Sidney adotou discurso semelhante: ''É um período em que não posso encaminhar projetos ou mesmo sancionar algo que contrarie o pensamento político do prefeito - caso contrário, ele simplesmente revoga quando voltar''. Entretanto, ele disse que deverá conversar com Nedson para apresentar uma ''pauta de propostas e anseios de vários vereadores''. O petebista admitiu que uma delas gera impacto financeiro, mas preferiu não entrar em detalhes.
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Nedson falou à Folha de Londrina, por telefone, ontem à tarde quando retornava de Curitiba. Nedson negou que tivesse ido tratar da proposta de estadualização da Sercomtel ou mesmo do acordo com a Sanepar sobre a nova concessão dos serviços de saneamento em Londrina. Mesmo assim, avaliou como positivo o pedido da Copel de contratação de uma consultoria que avalie o preço da telefônica no mercado. Ele negou que isso represente um risco ao caixa da telefônica -afinal, é uma despesa que pode ocorrer sem que se efetive a compra de ações.
''A consultoria terá os custos divididos entre os dois acionistas; de qualquer forma, é sempre um estudo interessante para se ter uma noção de valor atualizado da empresa'', minimizou Nedson.
Folha de Londrina