A definição do novo secretário dos Transportes passa pelas negociações em torno do reajuste do pedágio e pela eleição da mesa executiva da Assembléia Legislativa. O nome mais cotado para assumir a pasta é o do presidente da Assembléia, Nelson Justus (PTB). Porém, para a sua nomeação se concretizar o governo terá de resolver pendências.
A primeira delas é o reajuste do pedágio. Justus estaria aguardando um desfecho das negociações, para não assumir a pasta já com desgaste político. A outra pendência diz respeito à disputa pela presidência do Poder Legislativo. Justus aguarda a definição do pedágio para anunciar a antecipação da eleição, de fevereiro do ano que vem para meados de dezembro deste ano. O líder do governo na Assembléia, Valdir Rossoni (PTB) e o o primeiro-secretário Hermas Brandão (PTB) são os candidatos.
Justus disse ontem que "seria bom" evitar um bate-chapa para a eleição de seu sucessor mas, em seguida, admitiu que seria "formidável" a composição de uma chapa única. Pelo Regimento Interno da Assembléia, Justus não pode concorrer à reeleição.
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Sobre a sua provável transferência para a Secretaria dos Transportes, Justus disse que acha "deselegante" indicar nomes para o secretariado, ou responder se aceita assumir a pasta. Justus preferiu manifestar um voto de confiança às mudanças no primeiro escalão do governo estadual. "Fui uma das pessoas que sugeriu a reforma e a participação de políticos no novo secretariado. Sente-se o desejo de mudança de postura na nova equipe e isto já foi dito pelo governador. É isso que se espera porque foi isso que faltou até o momento", destacou.
Justus afirmou que está "tentando identificar" qual o real motivo da insatisfação dos deputados em relação a mudança de secretários. Na opinião do presidente da Assembléia, a "grande mágoa" dos deputados pode ser a "falta de diálogo" e o pouco "estreitamento das relações" entre os parlamentares e quase a todos os secretários da segunda gestão de Lerner.
"Quando o tratamento começa por ofício, aí a coisa está ruim. Os políticos querem é levar o prefeito para sentar e conversar ao lado do governador", comentou. Para Justus, se o novo secretariado adotar a postura política que os deputados cobram "sistematicamente", o "descontentamento" vai terminar. "O Greca e o Alceni têm condições de fazer este papel. E, às vezes, os técnicos podem fazer política. Esse é o reclame dos deputados. Eles querem ver os secretários fazendo também o papel político".